Luz e sombra. É imprescindível o amorfismo da forma. Abri os olhos era um misto de surpresa e horror: a visão era composta por sonhos de sangue. Pesadelos insuportáveis. Fantasmagorias contaminavam minha visão cáustica. Certo. Mais um dia, mais uma vez... Ele se aproxima, o gelo que exala em forma de vapor destrói minha sensibilidade. Certo. Avanço mais alguns passos sem motivação ou contundência. Expiração e inspiração ofegantes. A única luminosidade é a dos meus olhos que mapeiam aqueles becos imundos à medida do possível. Nada de encostar-se a essas paredes de lava seca em que borrifaram alguma mistura pastosa e grudenta. Os respingos gélidos do caminhar molhavam-me as pernas, então valia a pena correr. No final do corredor havia uma parede talhada com alguém preso. Foram poucos os degraus até chegar ao corpo... que era o meu?! Despertei...
terça-feira, 18 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Janela.
imagem obtida em http://orelhadoano.no.sapo.pt/janela.jpg
“Por trás do céu de veludo existem coisas. Por trás de fatos existem intenções. E sangue. E mais coisas.”
Era uma vez uma menina nebulosa que sempre dormia com a sua janela do quarto aberta. Um dia, monstros da noite resolveram adentrar e a levaram, de modo que ninguém jamais voltou a vê-la, uma pena.
Sempre fora uma boa menina, pena que não obedecia à mãe quando essa mandava fechar a janela e ligar o ventilador.
Moral da história:
Capaz de ter sido a mãe quem negociou com os monstros e os chamou através dos sonhos. Só para dar uma lição. Mas monstros são traiçoeiros. E sim, eles comem as crianças. Por que não obedecer aos pais?
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